O Conselho de Segurança (Conseg) do bairro Sítio Cercado, de
Curitiba, está realizando uma rifa para arrecadar dinheiro para o
conserto de carros da Polícia Militar (PM) que deveriam fazer a
segurança do bairro. De acordo com o Conseg Sítio Cercado, dez viaturas
estão paradas desde o final do ano passado por falta de manutenção.
O
bairro é o segundo mais violento da cidade, conforme uma pesquisa
divulgada pela Secretária de Segurança do Paraná (Sesp-PR). Em 2013,
foram 51 homicídios na região.
Segundo o
morador do bairro Armando Ferreira de Souza Filho, as viaturas têm
vários problemas. “Uma por falta de óleo, outra pela bateria, outra que
não tem pneu. Então, tá terrível”, disse Armando. O presidente do
conselho, Elídio Aparecido de Oliveira, diz que a iniciativa pretender
consertar alguns carros. “Esta despesa será de menor valor, porque se a
gente for consertar todas as viaturas, nós não vamos ter dinheiro”,
explicou Elídio.
São os próprios integrantes do
conselho que saem às ruas do bairro para vender os bilhetes. “Ao mesmo
tempo feliz pela participação de todos os moradores, do entendimento da
ação que a gente está fazendo e ao mesmo tempo frustrada, porque seria o
governo que deveria estar tomando estas providências”, contou Cláudia
do Rocio Sebastião. Cada rifa custa cinco reais e o conselho pretende
arrecadar R$ 100 mil com a venda de todos os bilhetes.
Já
a Polícia Militar (PM), não gostou da iniciativa tomada pela
comunidade. Em nota, a PM disse que a polícia não solicitou nenhuma ação
entre amigos para o conserto de viaturas, pois o governo do estado tem
um órgão específico para licitação e conserto de veículos oficiais. Além
disso, informou que o presidente da Conseg Sítio Cercado foi chamado
para comparecer ao batalhão do bairro na quinta-feira (6) para prestar
esclarecimentos sobre a atitude.
Problema já conhecido
Em
outubro do ano passado, a RPCTV mostrou que dezenas de carros, sendo a
maioria viaturas da PM, estavam parados em oficinas de todo o estado.
Segundo os donos das oficinas, os carros não eram consertados por falta
de pagamento pelos serviços prestados.
Fonte: Rádio Najuá
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