quinta-feira, 6 de março de 2014

Moradores de bairro de Curitiba criam rifa para pagar o conserto de viaturas da PM


O Conselho de Segurança (Conseg) do bairro Sítio Cercado, de Curitiba, está realizando uma rifa para arrecadar dinheiro para o conserto de carros da Polícia Militar (PM) que deveriam fazer a segurança do bairro. De acordo com o Conseg Sítio Cercado, dez viaturas estão paradas desde o final do ano passado por falta de manutenção.
O bairro é o segundo mais violento da cidade, conforme uma pesquisa divulgada pela Secretária de Segurança do Paraná (Sesp-PR). Em 2013, foram 51 homicídios na região. 
Segundo o morador do bairro Armando Ferreira de Souza Filho, as viaturas têm vários problemas. “Uma por falta de óleo, outra pela bateria, outra que não tem pneu. Então, tá terrível”, disse Armando. O presidente do conselho, Elídio Aparecido de Oliveira, diz que a iniciativa pretender consertar alguns carros. “Esta despesa será de menor valor, porque se a gente for consertar todas as viaturas, nós não vamos ter dinheiro”, explicou Elídio.
São os próprios integrantes do conselho que saem às ruas do bairro para vender os bilhetes. “Ao mesmo tempo feliz pela participação de todos os moradores, do entendimento da ação que a gente está fazendo e ao mesmo tempo frustrada, porque seria o governo que deveria estar tomando estas providências”, contou Cláudia do Rocio Sebastião. Cada rifa custa cinco reais e o conselho pretende arrecadar R$ 100 mil com a venda de todos os bilhetes. 
Já a Polícia Militar (PM), não gostou da iniciativa tomada pela comunidade. Em nota, a PM disse que a polícia não solicitou nenhuma ação entre amigos para o conserto de viaturas, pois o governo do estado tem um órgão específico para licitação e conserto de veículos oficiais. Além disso, informou que o presidente da Conseg Sítio Cercado foi chamado para comparecer ao batalhão do bairro na quinta-feira (6) para prestar esclarecimentos sobre a atitude.
Problema já conhecido
Em outubro do ano passado, a RPCTV mostrou que dezenas de carros, sendo a maioria viaturas da PM, estavam parados em oficinas de todo o estado. Segundo os donos das oficinas, os carros não eram consertados por falta de pagamento pelos serviços prestados.
Só em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, quase 100 carros da PM esperavam por manutenção. O problema também ocorria em Curitiba e Cornélio Procópio. Na época, o governo do Paraná afirmou que estava tentando regularizar os pagamentos e que algumas dívidas já tinham sido quitadas
Fonte: Rádio Najuá

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