O
mercado de trabalho demonstrou melhora qualitativa em abril. É o que
aponta a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O número de trabalhadores com carteira
assinada no setor privado cresceu 3,1% na comparação com igual mês de
2012, com o aumento de 342 mil postos de trabalho em um ano. O emprego
sem carteira assinada caiu em 5,8%, na comparação com o mesmo mês do ano
anterior. A PME aponta a taxa de desocupação manteve-se estável tanto
em relação a março (5,7%) quanto a abril do ano passado (6%).
Para
o presidente do Partido dos Trabalhadores do Paraná, deputado estadual
Enio Verri, a carteira assinada significa que o trabalhador terá acesso a
todos os direitos garantidos pela Constituição. “A formalização do
emprego gera um ciclo de segurança e otimismo na população e
consequentemente estimula o desenvolvimento da nossa economia”, diz.
A
relevância da carteira assinada para a economia do país é “que ajuda na
questão do déficit da previdência, quanto mais pessoas trabalhando
contribui para reduzir o déficit da previdência” e o empregado passa a
ter os “direitos trabalhistas como o fundo de garantia, direito a
aposentadoria e caso ele tenha um problema de saúde ele tem a
previdência social”, explica o professor de Economia da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Ricardo Kureski.
Segundo
o Kureski, esse perfil está mudando no país, “porque há redução dos
impostos para as pequenas empresas e o empregador está se ajustando ao
mercado formalizando a empresa”. Outro fator que contribuiu, segundo o
professor, foi a mudança na lei para que os empregados domésticos fossem
registrados.
Ainda
segundo o IBGE, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$
1.862,40) manteve-se sem variação estaticamente significativa (-0,2%) na
comparação com março e cresceu 1,6% na comparação com abril de 2012.
“Esta
mudança ocorre pelo aumento da renda dos brasileiros, um dos resultados
das políticas macroeconômicas do governo federal”, afirma Verri. Para ele, o setor de serviços liderou a geração de empregos em abril, criando novos empregos em todos os setores.
Para
o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, “abril é
ainda um mês de incertezas, em que se pode ou não ter crescimento da
atividade econômica, lembrando que, no ano passado, a atividade
econômica começou a crescer a partir de maio e a taxa de desocupação
começou a baixar em maio”.
“A
formalização é fator determinante para a construção de um país cada vez
mais desenvolvido, para a diminuição da desigualdade no Brasil. O
governo Dilma e da ministra Gleisi Hoffmann tem obtido muito sucesso
nesta área”, afirma o deputado.
Fonte: Kely Bezerra (Agência Noticias PR)
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